Uma grande experiência aconteceu em minha vida quando saí do Rio de
Janeiro para morar no interior de Minas
Gerais. Inaugurei um outro estilo de vida, começando por largar um apartamento
e residindo numa casa, em contato com a terra, animais e ar puro. E claro,
nesse novo espaço, com outra cultura, os desafios na área profissional.
Conhecendo pessoas daquele lugar , me relacionando, acabei
sendo indicada, como psicóloga, para criar um projeto de terceira idade no
lugar de outra profissional que havia desistido dessa função. E lá fui eu para uma entrevista, voltando
para casa com enorme material para estudar e me atualizar sobre aquela demanda.
As expectativas eram confusas e a ansiedade de não dar conta me dominava, uma vez que não
havia nenhum integrante ainda no grupo de convivência que deveria formar. Mas,
há uma força estranha que nos orienta em momentos como esse, e eis que me vi
falando em rádios, em palanques, dando entrevistas e escrevendo matéria
s para
os jornais locais. Os interessados não paravam de chegar, e voluntários também.
Ao aplicar dinâmicas e atividades para esse povo humilde e abandonado, ouvindo suas histórias, fui testemunha de uma linda integração do grupo através da alegria e da esperança. Cada vez mais motivada, busquei informações sobre saúde, legislação, aliada a uma equipe que se formou, pois esse tipo de trabalho não se faz sem apoio. A convivência também se dava entre passeios, aulas de dança e de natação, e ao longo desse processo, estava assimilando uma cultura que me emocionava pela sua simplicidade e honestidade. E o grupo foi crescendo a cada dia, me trazendo uma realização jamais imaginada, porque de pessoas inicialmente isoladas, ali se manifestava a amizade e a solidariedade entre todos.



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