DESAPEGAR
Sabe quando novas informações pedem passagem, atropelando nosso jeito de ser, querendo entrar na nossa roda da vida gritando “mudança à vista!”? Ao emparelharem com as antigas, podem ocorrer avaliações bem interessantes, dependendo da disponibilidade interna de cada um para lidar com as próprias verdades.
Refiro-me àquela conversinha íntima sobre desapegar-se
daquilo que já deu o que tinha que dar, o
que sabemos não ser nada fácil. Decidirmos o que vai fazer parte de nossas
vidas agora, por ser realmente essencial; excluirmos o que, sem dó nem piedade, não permanecerá;
integrar objetos, atitudes, pensamentos,
emoções, lembranças, relacionamentos, a lista é interminável... Ah! Isso leva um certo tempo. É uma questão de
consciência. Exige critérios que passam, inevitavelmente, por algo também muito
íntimo que costumamos chamar de gratidão, e que quase sempre anda de mãos dadas com os perdões.
Como precisamos dessa energia que libera, que deixa ir, para
podermos atravessar a ponte que leva à conquista
de novos olhares. Nessa transição criamos
portais, modernizamos alternativas, e manifestamos o triângulo de novos pensamentos,novas vontades e novas ações. Tomamos decisões com
os devidos riscos assumidos e vistos como impulsos para a evolução. Quem sabe, assim nasça um jeito de viver sem grandes raivas,
mágoas, medos e culpas paralisantes, para que talvez possamos fluir nessa vida mais amorosamente, sem tantas
reclamações e dominando melhor a tentação de se fixar lá atrás. Assim, as novas
criações poderão ser feitas com aquilo
que se tem,o que vamos combinar, não é
pouca coisa, nunca!
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